quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lula e seu Socialismo


Vendo a notícia na qual o presidente Lula critica o socialismo por não garantir às pessoas acesso a bens lembrei de um texto chamado “Um experimento socialista”, de 1931, feito por um professor da Universidade Texas Tech, EUA, para supostamente derrubar a ideia do socialismo.
Em seu velho e manjado discurso sobre socialismo, o presidente Lula criticou a falta de capacidade do sistema socialista em garantir o acesso das pessoas aos bens de consumo.  Segundo ele, a Revolução Russa de 1917 fez com que os capitalistas “tivessem medo do socialismo” e atendessem à todas as necessidades da população. Sua “tese” é de que esse fato acabou trazendo mais benefícios para a Europa Ocidental (capitalista) de que para a Europa Oriental (socialista). Rly, Lula? Precisastes viajar tanto pra descobrir isso?
Partindo da ideia de socialismo como modelo de sociedade igualitária, da divisão de tudo entre todos,  nada do que tivemos até hoje pode ser chamado de socialismo e muito menos de comunismo.
Foi o que tentou provar Adrian Rogers em seu experimento:
Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca repetiu um só aluno antes, mas tinha, uma vez, repetido uma classe inteira. Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e ‘justo’. O professor então disse, “O.K., vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Em vez de dinheiro, usaremos as notas que vocês tiraram em testes.”
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e, portanto seriam ‘justas’. Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém repetiria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um A…
Depois que a média das primeiras provas foi calculada, todos receberam B. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado. Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos – eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como resultado, a segunda média dos testes foi D. Ninguém gostou.
Depois do terceiro teste, a média geral foi um F. As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram… Para sua total surpresa.
O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.
“Quando a recompensa é grande”, ele disse, “o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas, quando o governo elimina todas as recompensas, ao tirar coisas dos outros sem consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável.”
“É  impossível levar o pobre à prosperidade através  de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.  O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro  alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e  quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao  começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a.”
Muitos autores criticam o experimento pelo fato de ser um discurso limitado e pseudocientífico. Mas a ideia exposta por Adrian Rogers é a mesma de que muitas “autoridades” tem do socialismo, inclusive nosso querido presidente Lula com suas bolsas-famílias e derivados.
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PS:Texto originalmente postado no blog ReEvolução.net

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